Coroa e prótese dentária fixas são cimentadas nos dentes ou em implantes e só podem ser removidas pelo dentista. A falta de um dente e até mesmo parte dele pode trazer prejuízos para a boca, principalmente na hora da mastigação. Sendo assim elas (coroas ou próteses) são utilizadas para repor dentes ou parte deles.
Coroa
A coroa dentária é a parte superior de um dente, o que dá formato a ele. Os dentes possuem funções e sejam elas rasgar ou triturar alimentos, precisam do seu formato em perfeito estado para funcionarem de forma correta, sem prejudicar o restante da boca.
De acordo com o dr. Sérgio da Cunha Ribeiro, “primeiro precisamos entender que o dente é composto por coroa e raiz. A porção coronária é aquela que fica visível na boca, exposta ao meio bucal e sujeita à todas intempéries, sejam mecânicas ou bioquímicas”.
Cáries, traumas ou outros problemas podem comprometer o dente, precisando de uma coroa para reabilitar o dente ou implante. A coroa vai revestir o dente recuperando suas funções. Coroas de porcelana ou cerâmica podem combinar com a cor natural dos seus dentes, dando melhor aspecto estético ao sorriso.
Prosthesis
Prótese fixa é indicada quando há a ausência de um ou mais dentes. A prótese tem funcionalidade de reabilitação oral. Essa ausência não devidamente cuidada pode fazer com que os dentes remanescentes girem ou se movam para esses espaços vazios, causando uma mordida errada, além disso, até mesmo a fonética da pessoa pode ser alterada, o sorriso torto e espaçado também pode trazer baixa autoestima para o paciente.
Ela pode substituir qualquer dente ausente, preenchendo esses espaços e sendo cimentadas em dentes naturais ou implantes.
O dr. Sérgio da Cunha Ribeiro respondeu detalhadamente as perguntas mais frequentes no assunto, assim não restarão dúvidas sobre coroa e prótese dentária.
Quando são recomendadas (coroa e prótese)?
Quando a porção coronária, por cárie e/ou trincas, fraturas, desgastes e etc… precisam ser restauradas.
O dente ou implante pode ser tratado apenas uma vez com coroa?
Quando a porção à ser restaurada é pequena, o dentista pode fazê-la de forma direta, com resinas ou outros materiais. Se a necessidade for maior, fragmentos cerâmicos podem completar a parte faltante. Mas se o comprometimento for muito grande, é preciso confeccionar um trabalho que abrace toda a estrutura restante do dente, que denomina-se “coroa”.
Essa coroa, pode ser feita sobre uma raiz de um dente natural, ou sobre uma raiz artificial, pois quando se perde um dente natural, o implante entra como solução, oferecendo uma base para suporte protético, isto é, fazendo a vez de uma raiz, então entenda o implante como uma “raiz de titânio”.
Bem, então, as “coroas” que podem ser confeccionadas sobre dentes ou implantes, também estarão expostas ao meio bucal, às intempéries, e sofrerão desgaste, envelhecimento e etc… não sendo incomum a troca de coroas que tenhamos feito há vários anos, podendo ser por motivo técnico (desgastes) ou biológico, como infiltração, recidiva de cárie por exemplo.
Sobre dentes, sempre faremos coroas cimentadas (coladas), mas sobre implantes podemos fazer cimentada ou aparafusada, e no caso da aparafusada, permite a reversibilidade, isto é, fica fácil remover para manutenção ou mesmo troca.
A “coroa” sempre será para reabilitar um dente ou implante unitário, já uma prótese (parcial fixa) irá reabilitar vários elementos ao mesmo tempo, mas as próteses parciais fixas estão cada vez sendo menos indicadas, pois com a chegada dos implantes, os dentes estão sendo preservados.
Imagine perdendo um dente, e para repô-lo com prótese, você teria que desgastar os dentes vizinhos, para fazer a “ponte fixa” , pois esses dois, cada um de um lado, segurará no meio, o dente suspenso ( sem raiz embaixo) que se chama pôntico.
Agora imagine também, que esses dois dentes que precisam ser preparados, estão íntegros, sem cárie nem restaurações, isto é, perfeitos. Você gostaria de desgastá-los? Estragá-los? Pois é, o implante repõe o dente perdido sem estragar os vizinhos.
Então, cada vez mais, fazemos menos próteses parciais fixas.
Quais são os problemas causados pela demora do tratamento?
A demora no tratamento, sobre um dente, pode levar um aumento no comprometimento da estrutura dental, que já deve estar com problemas para haver indicação de uma coroa protética.
No caso do implante, a demora pode levar à uma perda do volume ósseo disponível, pois o osso alveolar, normalmente irá se reabsorvendo quando sem estímulo.
Quais são os tipos de materiais utilizados (coroa e prótese)?
Materiais são inúmeros, mas os mais comuns são resinas especiais, ou metalo-cerâmicas (que tem uma infra-estrutura de metal com um revestimento de porcelana). Há também infra-estruturas de zircônia que podem receber revestimento cerâmico (porcelana).
Mais recentemente, a odontologia tem feito coroas e próteses metal-free, que são coroas ou próteses puras de cerâmica, que são puras de Dissilicato de Lítio ou Zircônia.
Essas duas últimas, totalmente cerâmicas, estão sendo fabricadas pelos sistemas CAD-CAM , que através de um escaneamento geram arquivos digitais, onde os desenhos e projetos de execução são feitos no CAD, para em seguida serem confeccionados por fresadoras, dentro de um fluxo digital.
Qual a durabilidade?
A durabilidade é variável conforme o material.
A resina é a menos durável, já as porcelanas, podem durar muitos anos, mas factível de fraturas.
Já as cerâmicas modernas, como o Dissilicato de Lítio e a Zircônia, são mais resistentes.
Mas tempo numericamente falando, é difícil estabelecer, pois há muitos fatores secundários, inerentes ao paciente e seus hábitos, alimentares ou não, como bruxismo por exemplo, que pode abreviar bastante a sobrevida de uma prótese.
Sérgio da Cunha Ribeiro – mestre em Implantodontia pela São Leopoldo Mandic (Campinas), especialista em Periodontia (FUNDECTO – USP), Fellow& Speaker ITI (International Team for Implantology), DirectorStudy Club ITI (São Paulo) e professor ImplanTeam.